Pensamentos, reflexões e demais ilusões

 muitos humanos adentraram em seu próprio universo durante o período de pandemia. Muitos encontraram suas tumbas, seus lixos, fizeram uma bela faxina. Muitos conseguiram sobrepor tanto obstáculo e atingiram seus mais preciosos tesouros, suas qualidades, seus talentos...temos que visitar o nosso secreto com mais frequência.

diante de um situação tumultuada somente tem lucidez aquele que está em estado de serenidade, aquele que transgride o estresse, transpõe a raiva, manipula a angústia e transcende o medo. Por isso não é tão fácil. Fica cada vez mais claro: "olhai o lírio nos campos"

 fico me perguntando se sou âncora na vida de alguém... A âncora  é fundamental, mas na hora certa. Muitas pessoas (âncoras) lançam em águas profundas o outro na hora errada, quando se está precisando sair dali, navegar em novas águas.  Sendo obrigada a ficar onde está, gastando muito mais energia...sem conseguir se desfazer da âncora. Devemos pensar em quando precisamos ancorar, em quais águas, desejamos descansar.

 há uma massa com um discurso uníssono sobre individualidade, sobre o eu, sobre o narcisismo.  A mesma massa que repete chavões, clichês, que fala do "todo mundo", está no mundo o tempo todo. Quando nossos olhos desvendarão a verdade, a que liberta da própria ilusão do não pertencimento?

por vezes vimos determinada situação, desejamos dizer ao outro como pensamos sobre a mesma, mas a nossa percepção não vai ao encontro do que o outro sente, estando na vivência... então nos sentimos limitados em ver, reconhecer e não poder ajudar, é como se olhássemos por cima do labirinto e o outro está dentro do labirinto... assim, nossa fala deve ter o teor da calma para que no outro não gere mais angústia e desespero, pois talvez nem saiba que está em um labirinto, assim...devemos ponderar qual  será o menos prejuízo, o menos sofrimento para aquele que deseja sair daquele lugar mas não enxerga, ou ainda não possui a coragem de ver a saída.

 entranhamente a raiva uma emoção que dá força em uma ação, ajuda em muitas situações, quando não controlada, nos faz tão diferentes de nós mesmos, a raiva impulsiona a ser quem somos, ou não somos? ou um pouquinho disso e daquilo? controlar a raiva e destiná-la às situações corretas é, com certeza, uma dádiva. a tranquilidade sentida em uma ensolarada manhã, de brisa suave é rompida por um start, oh quem fez isso? pare, respire, tente não falar nada, tente canalizar para algo que não vá magoar ninguém...tente...tente.. treine...treine...pense no seu melhor...no seu lado mais generoso...inspire, busque o "sopro", que é a própria vida.

 se a cada minuto lembrássemos que somos da mesma matéria e criador e criatura, árvore, flor e bichinhos, água, metal e alimento... se lembrássemos a cada tempo, saber que somos matéria de inteligência e do verme, da bactéria e da via láctea, seria tão mais fácil... fácil sairmos da grande ilusão de que contamos o tempo, pois esteve aí o tempo todo, que nosso sopro pode acabar a qualquer momento, mas a brisa suave pode continuar por milhões de tempos... que vulcões, furacões, terremotos são parte das fases e desenvolvimento de um pequeno ser no espaço, nossa adorada terra... se todo o dia pensássemos somos criador e criatura, somos a água que purifica e alaga, pois é tudo movimento desejado e rejeitado, quando não consegue conter. lembre-se que és do mesmo pó desta gente, habitantes do planeta, o mesmo da galáxia, e quando expirar o tempo, vai te despedindo, agradecendo, se der tempo...ao tempo que por aqui passou.

                      adoro estar diante de folhas em branco, pois tenho a certeza de que posso errar muito, ou seja jogar pensamentos ao vento, até que eu mesma assuma que um dos loucos argumentos servem para preencher um parágrafo. a alegria está na possibilidade.

 percebo com que facilidade nós "achamos" coisas da vida alheia. Somos rápidos no julgar. Nem percebemos que em nossos grandes discursos nos traímos, quando falamos em humildade apontamos algumas pessoas que não são humildes.  Damos muitos conselhos a partir da nossa "janela", sem caminhar com o chinelo do outro, ou seja, sem reconhecer a sua história. Este espaço, eu senti a necessidade de expôr meus achismos, também e minha fragilidades, afinal, sou filha de |Deus. Sintam-se à vontade para participar, conversarmos sobre tudo que nos aflinge em nosso cotidiano,  Vamos dar palpite.